Jornal do Farol, Ribeirão Preto, 30 de junho de 2011.
Coluna Rabo de Saia, por Andrea Berzotti
PRATICAMENTE UM CONTO DE FADAS
Nada mais gostoso que olhar uma criança e vê-la vestida com um daqueles vestidos que remetem ao tempo de nossas avós, como se tivessem sido confeccionados por elas mesmas, com aquele ar de roupas românticas, sem deixar o lado infantil.
Ver uma criança bem vestida, com aqueles vestidos produzidos com modelagens produzidas para seu universo, aliando conforto, infantilidade e um ar mais do que ingênuo, é uma delícia. Para quem gosta de crianças – e adora presenteá-las com roupas que as deixam com jeito de boneca é um prazer imensurável. Para nós e os pais, claro, porque crianças gosta mesmo é de ganhar presentes. Eu mesma já presenciei rostinhos de pura decepção infantil a ganhar uma peça de roupa. Mas quando ela crescer um dia vai entender o quanto é gostoso ganhar uma peça exclusiva ou um vestido que as deixem ainda mais lindas.
Mas, enquanto esse tempo não chega, quem se diverte mesmo são pais com as várias opções do mercado hoje. São várias grifes, confecções e estilistas empenhadas em produzir peças super bacanas para esse público. Não é para menos: é um dos mercados que mais cresce ultimamente. Para se ter uma idéia, segundo a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), a moda para crianças representa pouco mais de 20% do mercado de roupas no Brasil, ou seja, o segmento produz mais de 900 milhões de peças por ano e vem crescendo em faturamento, pois atentem mais de 38 milhões de crianças. Os números são impressionantes e a moda infantil está “engatinhando” a passos largos com muita coisa boa no mercado e grandes talentos.
E um desses talentos é a estilista infantil Aline Moraes Rodrigues, de 32 anos, que esbanja criatividade e maturidade para o negócio. Ela investiu na própria grife recentemente, no ano passado, e já vem colhendo o sucesso nas suas coleções, que passam longe dos modelos mini-adultos (que particularmente, acho um horror) e desenhou modelos com características que unem a sensibilidade ao mundo inocente e infantil dos contos de fadas – ou seja, o enredo perfeito para as meninas.
Assim nasceu a Praliné, uma opção de moda que preza pelo resgate da infância e do mundo lúdico. “Nada de exageros, excessos de estímulos ou informações. Prezo pela sutileza e a pureza e mostro a nostalgia de uma infância romântica e idealizada, com uma maneira simples de ver o mundo”, explica a estilista.
NOTA: Praliné: nada de rosa para meninas ou azul para meninos. Aqui o que conta são os detalhes mágicos que deixam as crianças como se estivessem em um conto de fadas, mas sem perder a doce ingenuidade.
Segundo ela, a grife surgiu pelo instinto e o sonho, somados a uma oportunidade de mercado. “Durante os dois anos que morei na Argentina, estudando moda em Buenos Aires, despertei meu olhar à moda infantil. Uni minha paixão à carência de estilo do mercado e resolvi apostar nesta idéia”. A Praliné traz vestidos para meninas de 1,2 ou 4 anos. Em breve trará opções para os meninos.
O mais legal na coleção é que Aline preza pela delicadeza, o que acaba sendo uma marca registrada da grife. “Elas retratam uma ingenuidade chique aliada a uma elegância suave”, destaca. Segundo ela, é uma proposta mais refinada, mas sem perder o ar infantil das brincadeiras. Cada peça é de encher os olhos e ganhar elogios. As roupas mais do que contemporâneas, trazem na essência uma infância romântica e podem ser encontradas quinzenalmente no Mercadinho Chic, realizado na Oscar Freire em São Paulo, ou no blog www.petit-praline.blogspot.com . Se no calendário infantil já existe uma festa ou uma comemoração importante, fica a dica em vestir meninas com uma combinação pra lá de especial. No futuro, nas fotos, as crianças já crescidas, vão se encher de orgulho de estarem um dia tão bem vestidas.
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